- Senhor «Saída»! - anunciou triunfante. O senhor «Entrada» apresenta-se ao senhor «Saída».
Avançaram e apertaram as mãos; novamente desataram às gargalhadas, contorcendo-se em espasmos de alegria.
- Yoho!
- Se calhar vamos comer restos dos pequenos almoços.
- Vamos, vamos ao Commodore.
De braço dado saíram pela porta e, virando para leste na Rua 44, dirigiram-se ao Commodore.
Quando saíram, um soldado baixo e moreno, muito pálido e cansado, que vagueava apático pelo passeio, voltou-se para olhar para eles.
Avançou como se fosse para lhes falar, mas como eles imediatamente lhe lançaram olhares de puro desconhecimento, esperou até que descessem a rua e seguiu-os a cerca de cinquenta passos, rindo consigo e repetindo baixinho «Caramba»! em tom de gozo antecipado.
O senhor «Entrada» e o senhor «Saída» trocavam entretanto gracejos a respeito dos seus planos de futuro.
- Queremos um copo; queremos o pequeno almoço. Nunca um sem o outro. Uno e indivisível.
- Queremos os dois!
- Os dois.
Era já dia e os transeuntes começavam a lançar olhares curiosos àquele par. Era evidente que estavam embrenhados numa discussão que altamente os divertia, pois, de vez em quando, davam gargalhadas tão grandes que, sempre de braço dado, se curvavam quase em ângulo recto.
Chegados ao Commodore, trocaram alguns epigramas saborosos com o porteiro de olhos ensonados, manejando a porta giratória com certa dificuldade e dirigindo-se depois, através de uma antecâmara quase deserta, para a sala de jantar, onde um criado intrigado lhes indicou uma mesa retirada, a um canto. Hesitantes, estudaram a ementa, segredando os pratos um ao outro em resmungos de espanto.
- Não vejo aqui nada que se beba - disse Peter em tom reprovador.
