«Não posso. Não posso», gemeu.
Que diria às pessoas que parassem para lhe falar? Teria de apresentar este... aquele septuagenário: «Este é o meu filho, nasceu esta manhã, cedo.» Depois o velho apertaria o cobertor à volta do corpo e seguiriam o seu caminho, passando pelas lojas movimentadas, pelo mercado de escravos - durante um sombrio momento, Mr. Button desejou veementemente que o filho fosse preto -, passando pelas casas luxuosas do bairro residencial, passando pelo lar dos velhos...
- Então! Controle-se! - ordenou a enfermeira.
- Ouça - avisou, de súbito, o velho -, se pensa que vou a pé para casa embrulhado neste cobertor, está redondamente enganada.
- Os bebés têm sempre cobertores.
Com uma casquinada maliciosa, o velho levantou um pequeno cueiro branco.
- Olhem! - exclamou a voz de cana rachada. - Isto é o que tinham para mim.
- Os bebés usam sempre isso - sentenciou a enfermeira, presumidamente.
- Pois bem - respondeu o velho -, este bebé não vai usar nada dentro de cerca de dois minutos. O cobertor faz comichão. Podiam ter-me dado, ao menos, um lençol.
- Não o tires! Não o tires! - apressou-se Mr. Button a dizer.
Depois voltou-se para a enfermeira e perguntou:
- O que é que eu faço?
- Vá à baixa e compre algumas roupas para o seu filho.
A voz do rebento de Mr. Button seguiu-o pelo corredor fora:
- E uma bengala, pai. Preciso de uma bengala.
Mr. Button bateu brutalmente com a porta de saída...