Por volta das sete horas chegou a orquestra, que não era propriamente um reles quinteto, mas uma completa .orquestra de teatro com oboés, trombones, saxofones, violas, cornetas e piccolos, e tambores graves e agudos. Os últimos nadadores chegaram agora da praia e estão a vestir-se lá em cima; os carros vindos de Nova Iorque estão estacionados cinco a cinco ao fundo do parque, e os halls, os salões e as varandas já ostentam cores primárias, esquisitos penteados ao último grito da moda e xales que superam os sonhos de Castela. O bar já está em plena actividade e rodadas flutuantes de cocktails atravessam o jardim, até que o ar se enche de falatórios e risos, de insinuações casuais e de apresentações logo ali esquecidas, e de encontros entusiásticos entre mulheres que nem sequer sabem os respectivos nomes.
As luzes tornam-se mais vivas à medida que a terra, ociosamente, se furta ao sol, e agora a orquestra está a tocar música lânguida de cocktail e a ópera das vozes sobe de um tom. De minuto a minuto o riso ,é mais fácil, expande-se com prodigalidade, derrama-se ao primeiro dite espirituoso. Os grupos mudam mais rapidamente, avolumam-se com a chegada de novas pessoas, dissolvem-se e voltam a formar-se num só fôlego; já começa a haver raparigas