É esta a razão de reconhecermos na tragédia uma categórica contradição do estilo: Linguagem, cor, movimento, dinamismo do discurso se separam de um lado pelo lirismo dionisíaco do coro, do outro pelo mundo apolínico do sonho, como esferas de expressão totalmente diversas. Os fenômenos apolínicos em que se objetiva Dionísio não são mais um “mar eterno”, “movimento variante e viver ardente” como o é a música do coro, nem aquelas forças sentidas e não poetizadas para a imagem, nas quais sente o servidor entusiasmado de Dionísio a proximidade do deus; a clareza e a firmeza das criações épicas falam do palco. Dionísio já não se exprime mais por forças, mas sim como herói épico, com linguagem quase semelhante a Homero.