E pensa então que melhor teria sido morrer junto dos muros de Tróia, chorado pelos seus amigos e companheiros de luta, do que morrer ali, ignorado de tudo e de todos, sofrendo a triste sorte de não escapar aos elementos desenfreados, no mugido horroroso das ondas e do vento…
Pensava isto, chorava a sua sorte e logo uma vaga mais terrível cai na ponta da jangada e fá-la andar à roda, em turbilhão. Ulisses tem de largar das mãos o leme, o mastro quebra-se no meio, a vela e a enxárcia vão pelo ar. O mar passa por cima do seu corpo. Vai ao fundo, arrastado pelo peso das ricas vestes oferecidas por Calipso.
Depois de muitos esforços, consegue enfim voltar à superfície. Escorre catadupas de água, mexe-se e respira com dificuldade. Não esquece, porém, a embarcação. Salta de novo para cima das tábuas que, bem presas e seguras como estavam, apesar de tudo resistiam. Ao sabor das correntes deixa-se ir vogando. Os ventos atiram-no de um lado para o outro. o mar não se acalma.