A bela Nausica respondeu:
- «Estrangeiro, os teus modos e o bom senso que revelam as tuas palavras, mostram que não és de ruim nascimento. Júpiter distribui o bem aos maus e aos bons, conforme agrada à sua providência. Deu-te o mal em partilha, tens de suportá-lo. Mas, na nossa ilha, não te faltarão agasalhos e todos os socorros que um estrangeiro, vindo de tão longe, deve esperar daqueles a cuja pátria chega. Dir-te-ei o nome da cidade e do povo que a habita. Estás na ilha dos Feácios, e eu sou a filha do grande Alcino, que é o rei desse povo».
Assim falou Nausica. E vendo-se abandonada das aias e companheiras, que tinham fugido, gritou-lhes:
- «Não vos assusteis. Ninguém ousaria abordar com más intenções esta ilha situada no fim do mar, e cujo isolamento é a sua melhor defesa. Este homem, que vedes, persegue-o um destino cruel, e foi a tempestade que o arremessou às nossas praias.