Temos de cuidar dele com solicitude e carinho, pois todos os estrangeiros e todos os pobres são enviados dos deuses; o pouco que se lhes dá, vale de muito, faz-lhes muito bem, e sabem-no agradecer; dai-lhe de comer e banhai-o no rio, em sítio abrigado dos ventos».
As aias obedeceram às ordens da princesa, Conduzido ao banho, Ulisses foi lavado e vestido depois com a roupa e a túnica que lhe emprestaram, e perfumado com o resto da essência que sobejara. Nem parecia o mesmo. Limpo das crostas de sal que desfiguravam o seu rosto, penteado de modo que o farto cabelo encaracolava e caía harmoniosamente sobre os ombros, envolto nos trajes ricos dados por Nausica, a sua figura readquiriu a majestade natural.
A princesa e as companheiras admiravam essa transformação completa. Mas depressa se lembraram de que Ulisses ainda não tinha comido. Trouxeram-lhe de comer. Quando o viu satisfeito e repousado, Nausica saltou para o carro, tomou as rédeas na mão, e aconselhou Ulisses a segui-la no meio das aias, que iam correndo a pé.