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Capítulo 8: Éolo e Circe

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o deus que protege os homens. E, depois de enumerar os perigos que eu ia correr, arrancou do solo uma ervazinha de raiz negra, de flor branca de leite, que se chama a erva-da-vida, e, dando-ma, explicou-me que essa planta humilde e modesta tinha o poder de evitar que a minha sorte fosse igual à dos meus camaradas. Recomendou-me que, se acaso Circe me propusesse casamento, não devia recusar. Seria perigosa a recusa... Apenas convinha exigir-lhe o juramento de que não tinha contra mim maus desígnios, que não pretendia provocar a minha perda…

Sumiu-se Mercúrio no céu, como nuvem. Encaminhei-me então para 'o palácio de Circe, e no seu limiar, detenho-me e grito. A deusa ouve-me. Sai dos seus aposentos, abre-me a porta da casa, e convida-me a acompanhá-la. Sigo-a docilmente, embora leve o coração cheio de mágoa.

Logo me instala Circe numa cadeira alta sobre um estrado, toda enfeitada com luzentes pregos de prata. Na taça de ouro, que oferece à minha mão, mistura no vinho oloroso a droga que faz esquecer. Bebo de um trago a bebida traiçoeira. Nem me perturba a bebida. Toca-me com a varinha mágica, ordena-me que me vá deitar ao pé dos meus companheiros, e eu sempre impassível.

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Capa do livro Odisseia
Páginas: 129
Página atual: 61

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A Odisseia 1
Telémaco e os Pretendentes 2
Calipso 8
A Tempestade 13
Nausica 19
O Cavalo de Pau 32
Polifemo e Ninguém 41
Éolo e Circe 54
Ulisses no Inferno 66
As Sereias Sila e Caribdes 75
Os Rebanhos do Sol 85
Ulisses Despede-se de Córcira 90
Eumeu, o Feitor de Ulisses 96
Telémaco Reconhece Ulisses 103
Argus, o Cão Fiel 114
Derrota dos Pretendentes, Vitória de Ulisses 118