Mas, esse, guardava-o a protecção celeste...
«Dos dois escolhos de que te falo - um ergue-se até ao firmamento; cercam-no nuvens obscuras que nunca se dissipam; nunca ali reina o dia; e nenhum mortal o subiu ou desceu, pois é feito de pedras unidas e lisas, como se fosse polida. No meio, abre-se uma caverna negra e de altura descomunal. Navega o mais rapidamente possível! Mora na caverna a maldosa Sila, que dá uivos como os animais ferozes, monstro horroroso cuja vista agonia. Possui doze garras afiadas, seis pescoços de enorme comprimento; e, sobre cada um, cabeças assustadoras, de goelas hiantes guarnecidas de três filas de dentes, que, mordendo, logo matam. Metade do corpo está deitado na caverna; e atira para fora as seis cabeças pavorosas, alongando os pescoços coleantes. Rondam as cabeças, continuamente, os recantos do tenebroso antro, e pescam e comem delfins, cães marinhos, e até baleias! Nunca piloto algum se gabou de passar ali sem perder um ou mais marinheiros: o monstro caça-os com avidez repugnante...
«O outro penedo não está longe do primeiro. Mas é menos alto. No topo vê-se uma figueira silvestre, cuja ramaria abarca largo espaço. Debaixo da figueira, é a morada de Caribdes, que sorve e traga as ondas: - cada dia, engole - as três vezes e três vezes as vomita com barulho horrendo. Cuidado!