sopra com mais força. Se houver uma tempestade, que abrigo nos ofereces? Não! Não! A hora não é para navegar! A sombra cai. Desçamos na praia, preparemos a ceia, e amanhã, cedo, voltaremos ao mar…
Todos aplaudiram Euríloco, já se vê. Todos!... Como resistir-lhes? Não o tentei sequer. Mas supliquei-lhes que, se encontrassem os bois e os carneiros que habitavam a ilha, não matassem nenhum. Obriguei-os a jurar solenemente que assim procederiam. E, depois do juramento, fiquei mais tranquilo.
Entrámos então no porto remansoso. Ceámos e adormecemos.
No meio da noite uma tremenda borrasca surpreendeu-nos. E tal foi ela, que durou um mês! Ora, enquanto as provisões de carne e de pão, que trazíamos connosco, não se esgotaram, Euríloco e os outros marinheiros cumpriram a sua promessa. Aliás, fi-la confirmar de novo, e novamente a selaram com entusiasmo. Acreditei que seria mantida. Mas, - ai de mim! - quando a fome começou, adeus juramentos, adeus promessas! Um dia em que me afastara para o interior da ilha e ali adormecera, - Euríloco, ao ver-se livre da minha presença, convenceu e levou os tripulantes do meu barco a matar alguns dos bois que pastavam perto.