Mas para Rastignac, a senhora Anastasie de Restaud foi a mulher desejada. Tinha conseguido duas danças na lista dos cavalheiros inscritos no leque e tinha podido falar-lhe durante a primeira contradança.
- Onde encontrá-la agora, senhora? - tinha-lhe dito bruscamente com essa força de paixão que agrada tanto às mulheres.
- Mas - disse ela - no Bosque, nos Bouffons, na minha casa, em todo o lado.
E o aventuroso meridional tinha-se apressado a criar laços com esta deliciosa condessa, tanto quanto um homem se pode ligar a uma mulher durante uma comradança e uma valsa. Dizendo-se primo da senhora de Beauséant, foi convidado por essa mulher que tomou por uma grande senhora e obteve a autorização para a visitar. Ao último sorriso que ela lhe deitou, Rastignac viu a sua visita como necessária. Tinha tido a felicidade de encontrar um homem que não tinha gozado com a ignorância dele, defeito mortal no meio dos ilustres impertinentes da época, os Maulincourt, os Ronquerolles, os Maxime de Trailles, os de Marsay, os Ajuda-Pinto, os Vandenesse, que estavam ali na glória da fatuidade e misturados às mulheres mais elegantes, Lady Grandon, a duquesa de Langeais, a condessa de Kergarouet, a senhora de Sérisy, a duquesa de Carigliano, a condessa Ferraud, a senhora de Lanty; a marquesa de Aiglemont, a senhora Firmiani, a marquesa de Lisromere e a marquesa de Espard, a duquesa de Maufrigneuse e os Grandlieu. Felizmente, portanto, o estudante ingénuo encontrou o marquês de Montriveau, amante da duquesa de Langeais, um general simples como uma criança, que lhe comunicou que a condessa de Restaud morava na Rua Helder. Ser jovem, ter sede do mundo, ter fome de mulher e ver abrir-se para si duas casas! Pôr o pé no Quartier Saint-Germain na casa
