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Capítulo 5: Capítulo III

Página 205
Quando o mal era mais agudo e pertinaz então, pelo contrário, enchia o fole de ar, colocava a ponta no sítio devido e lançava uma carga de ar no corpo do paciente, retirava o fole para enchê-lo de novo, enquanto com o polegar fechava hermeticamente o ânus. _-\ operação era repetida três ou quatro vezes até que o ar introduzido saísse com grande violência, arrastando consigo as substâncias prejudiciais (tal como a água limpa os tubos de uma bomba) e deixando o enfermo curado. Observei como este cientista aplicava ambos os procedimentos a um cão. O primeiro não teve feitos perceptíveis. Quanto ao segundo, quase que transformou o animal num balão pronto a estoirar e provocou uma descarga tão violenta que todos nós sofremos as consequências de uma forma palpável, O cão morreu nesse mesmo instante e deixámos o médico em plena tarefa de ressuscitá-lo mediante uma operação análoga.

Visitei muitas outras salas mas, apreciando a brevidade, não quero fatigar o leitor com todos os pormenores que observei.

Até então visitara apenas um lado da academia. O outro estava reservado aos pioneiros das ciências especulativas, mas antes de referi-las quero citar ainda um ilustre inventor, o chamado «Sábio Universal». Confessou-nos que passara trinta anos da sua vida meditando sobre a melhoria da condição humana. Dispunha de duas grandes salas repletas de curiosidades admiráveis e de cinquenta ajudantes. Alguns condensavam o ar e reduziam-no a uma substância seca e tangível, separando-o do azoto e eliminando as partículas aquosas ou fluidas; outros amoleciam o mármore para fazer almofadas e almofadinhas; outros petrificavam os cascos de cavalo para que este não se magoasse.

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Capa do livro As Viagens de Gulliver
Páginas: 339
Página atual: 205

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Carta do Comandante Gulliver a seu primo Sympson 1
Prefácio do primeiro editor Richard Sympson 3
Capítulo I 8
Capítulo II 85
Capítulo III 170
Capítulo IV 249