Tufão - Cap. 1: I Pág. 8 / 103

- E atravessou até à extremidade da ponte para lhe lançar uma boa olhadela. - Bem, a mim parece-me estranha - explodiu Jukes, grandemente exasperado, e saiu de rompante da ponte.

O capitão MacWhirr estava espantado com estas maneiras. Passado um momento entrou tranquilamente na casa de navegação e abriu o seu Código de Sinais Internacional no lugar onde as bandeiras de todas as nações estão correctamente representadas em filas de cores berrantes. Correu-lhes o dedo por cima, e quando chegou ao Sião contemplou com grande atenção o campo vermelho e o elefante branco. Nada podia ser mais simples; mas para confirmar levou o livro para a ponte a fim de comparar o desenho colorido com o objecto real no mastro de bandeira à popa. Quando a seguir Jukes, que cumpria as suas obrigações nesse dia com uma espécie de fúria reprimida, apareceu na ponte, o capitão observou-lhe:

- Não há nada de mal com aquela bandeira.

- Ah não? - rosnou Jukes, caindo de joelhos diante de uma arca de convés e arrancando lá de dentro furiosamente uma linha de sonda de reserva.

- Não. Estive a ver no livro. Comprimento igual ao dobro da largura e o elefante exactamente no meio. Não me pareceu natural que a gente de terra não soubesse como fazer a bandeira nacional. É evidente. Você estava enganado, Jukes...

- Bem, sir - começou Jukes, pondo-se de pé excitadamente . -, tudo o que eu posso dizer... - Procurou desajeitadamente a ponta do rolo de corda com as mãos trémulas.

- Está tudo bem - acalmou-o o capitão MacWhirr, sentando-se pesadamente num pequeno banco dobradiço de lona de que muito gostava. - Tudo o que você tem de fazer é tomar cuidado para que eles não icem o elefante de pernas para o ar antes de estarem completamente familiarizados com a bandeira.





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