Tufão - Cap. 6: VI Pág. 98 / 103

O nosso trabalho estava feito - aquele em que o velho se empenhava. Pusemo-nos ao fresco sem ficar para perguntar como era que eles se sentiam. Estou convencido de que. se não estivessem tão implacavelmente abalados e amedrontados - todos e cada um desses indivíduos - para se 'levantarem, teríamos sido feitos em pedaços. Oh! Não faltou nada, posso garantir-te; e mesmo que continues a atravessar de cá para lá o Atlântico até à consumação dos séculos, nunca terás entre as mãos um berbicacho destes.

Depois aludiu em termos profissionais aos danos sofridos pelo navio, e prosseguiu assim:

Foi quando o vento abrandou que a situação se tornou diabolicamente complicada. E não ajudou nada termos sido ultimamente transferidos para o pavilhão siamês; embora o capitão não veja qualquer diferença nisso - «enquanto estivermos a bordo», diz ele. Há sensibilidades que esse homem pura e simplesmente não adquiriu - e são um nunca mais acabar. Seria o mesmo que tentar fazer uma coluna da armação da cama compreender. Mas para além disto é uma situação de infernal isolamento andar um navio por estes mares da China sem protecção consular, nem sequer uma canhoneira a que possa recorrer, nenhuma autoridade a quem se possa dirigir no caso de surgir qualquer complicação.

A minha ideia era conservar esses chinas trancados durante outras quinze horas, ou coisa assim; porque não demoraríamos muito mais tempo a chegar a Fu-Chau, Encontraríamos lá, muito provavelmente, qualquer navio de guerra, e uma vez sob a protecção dos seus canhões estávamos relativamente seguros; porque certamente qualquer comandante de um navio de guerra - inglês, francês ou holandês - saberia distinguir os homens brancos se ocorresse alguma perturbação a bordo.





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