73 - (Continua a navegação. Sofala.) 
“Deixando o porto enfim do doce rio 
E tornando a cortar a água salgada, 
Fizemos desta costa algum desvio, 
Deitando para o pego toda a armada; 
Porque, ventando Noto manso e frio, 
Não nos apanhasse a água da enseada, 
Que a costa faz ali daquela banda 
Donde a rica Sofala o ouro manda.
 
 
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“Esta passada, logo o leve leme 
Encomendado ao sacro Nicolau, 
Para onde o mar na costa brada e geme, 
A proa inclina duma e doutra nau; 
Quando indo o coração que espera e teme 
E que tanto fiou dum fraco pau 
Do que esperava já desesperado, 
Foi duma novidade alvoroçado