Os Lusíadas - Cap. 8: CANTO VIII Pág. 420 / 559

75 - ( Conclui o Gama a sua resposta ao Samorim )
“Assim que, ó Rei, se minha grão verdade
Tens por qual é, sincera e não dobrada,
Ajunta-me ao despacho brevidade,
Não me impeças o gosto da tornada.
E, se ainda te parece falsidade,
Cuida bem na razão que está provada,
Que com claro juízo pode ver-se,
Que fácil é a verdade de entender-se.”

 

76 -( Desconfia o Samorim da honestidade dos Catuais )
A tento estava o Rei na segurança
Com que provava o Gama o que dizia;
Concebe dele certa confiança,
Crédito firme em quanto proferia.
Pondera das palavras a abastança,
Julga na autoridade grão valia,
Começa de julgar por enganados
Os Catuais corruptos, mal julgados.

 





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