89 - Atiram os Portugueses Contra os Mouros 
Eis nos batéis o fogo se levanta 
Na furiosa e dura artilharia, 
A plúmbea péla mata, o brado espanta, 
Ferido o ar retumba e assovia: 
O coração dos Mouros se quebranta, 
O temor grande o sangue lhe resfria. 
Já foge o escondido de medroso, 
E morre o descoberto aventuroso.
 
 
90 - Duro Castigo Infligido aos Mouros 
Não se contenta a gente Portuguesa, 
Mas seguindo a vitória estrui e mata; 
A povoação, sem muro e sem defesa, 
Esbombardeia, acende e desbarata. 
Da cavalgada ao Mouro já lhe pesa, 
Que bem cuidou comprá-la mais barata; 
Já blasfema da guerra, e maldizia, 
O velho inerte, e a mãe que o filho cria.