Os Lusíadas - Cap. 10: CANTO X Pág. 486 / 559

11 - ( O rei de Cochim )
Cantava dum que tem nos Malabares
Do sumo sacerdócio a dignidade,
Que, só por não quebrar cos singulares
Barões os nós que dera de amizade,
Sofrerá suas cidades e lugares,
Com ferro, incêndios, ira e crueldade,
Ver destruir do Samorim potente,
Que tais ódios terá co a nova gente.

 

12 - ( Duarte Pacheco Pereira )
E canta como lá se embarcaria
Em Belém o remédio deste dano,
Sem saber o que em si ao mar traria,
O grão Pacheco, Aquiles Lusitano.
O peso sentirão, quando entraria,
O curvo lenho e o férvido Oceano,
Quando mais na água os troncos que gemerem
Contra sua natureza se meterem.

 





Os capítulos deste livro