Não me ocorre mais nenhuma pergunta.
Holmes examinou a fechadura do cofre, a porta da sala e, por fim, as portadas de ferro da janela. Foi quando já nos encontrávamos na relva que vi o seu interesse visivelmente excitado. Havia uns loureiros junto à janela, com vários ramos torcidos ou quebrados. Estudou-os cuidadosamente com a lupa e, depois, uma marca difusa na terra. Pediu ao funcionário que fechasse as portadas de ferro e chamou a minha atenção para o facto de não se ajustarem bem, ao centro, o que permitia a uma pessoa, do exterior, ver o que se passava na sala.
- Três dias de intervalo retiram crédito a estas indicações. Podem significar qualquer coisa ou coisa nenhuma. Woolwich já não nos pode ajudar mais. Foi pequena a nossa colheita. Vejamos se em Londres teremos mais sorte.
Acrescentaríamos, no entanto, a nossa colheita antes de partirmos da estação de Woolwich. O homem da bilheteira garantiu ter reparado em Cadogan West - que conhecia bem de vista - na noite de segunda-feira e que ele fora para Londres no comboio das 8 e 15, por London Bridge. Estava sozinho e comprara um bilhete de terceira classe. Na altura, o bilheteiro ficara surpreendido com nervosismo de West. Este tremia tanto que mal pudera segurar no troco, e o bilheteiro tivera de o ajudar. Consultando o horário, verificámos que o comboio das 8 e 15 era o primeiro que West poderia ter tomado, após ter deixado a senhora, pelas 7 e 30.
- Vamos reconstituir os acontecimentos, Watson - disse Holmes passada meia hora de silêncio. - Não sei se já encontrámos algum caso mais difícil do que este. Cada passo em frente só nos revela uma nova dificuldade. Mas sem dúvida que avançámos alguma coisa.
»O resultado da nossa investigação em Woolwich é, no essencial, contra o jovem Cadogan West, mas as indicações junto à Janela permitem conjecturar uma hipótese mais favorável.