A explicação que me deu para o seu repentino e oportuno aparecimento era a simplicidade em estado puro: verificando que podia deixar Londres, decidira interromper as minhas investigações no ponto mais óbvio do meu percurso. Disfarçado de operário, sentara-se no
cabaret à minha espera.
- Que magnífica investigação você fez, meu caro Watson! Não ouve disparate que não cometesse. Resumindo, despertou as atenções por toda a parte… e não descobriu nada!
- Se calhar você não teria feito melhor - respondi, ofendido.
- Qual se calhar! Eu teria feito melhor. Mas temos aqui o ilustre Philip Green, seu companheiro de hotel, que talvez seja o ponto de partida para uma investigação bem sucedida
Vi um cartão numa salva e, depois, o mesmo rufião que me atacara na rua. O homem sovbressaltou-se estupefacto ao ver-me.
- Que é isto, Mr. Holmes? - perguntou. - Recebi o seu bilhete e vim logo. Mas que tem este homem a ver com o assunto?
- É o meu velho amigo e colaborador, Dr. Watson, que nos ajuda neste caso.
- Espero não o ter aleijado. Quando me acusou de ter feito mal a Lady Frances, perdi a cabeça. Tenho andado muito deprimido. Os meus nervos estão em franja. Mas a situação ultrapassa-me. O que quero saber em primeiro lugar, Mr. Holmes, é como diabo soube da minha existência.
- Estou em contacto com Miss Dobney, a governanta de Lady Frances.
- A velha Susan Dobney, com a sua touca! Lembro-me bem dela.
- Ela também se lembra de si. Foi antes... antes de você achar melhor partir para a África do Sul.
- Ah, vejo que conhece toda a minha história. Não adianta esconder-lhe nada. Juro-lhe, Mr. Holmes, que nunca houve no mundo homem que amasse mais uma mulher do que eu amei Frances.