- Não há dúvida de que o caso apresenta agora mais características de interesse e até a possibilidade de outros acontecimentos que eu não tinha considerado inicialmente. Um dia calmo no campo não me fará mal nenhum e estou tentado a ir lá esta tarde para pôr à prova uma ou duas teorias que elaborei.
O dia calmo no campo de que Holmes falara teve um curioso desfecho, pois o meu amigo regressou já tarde a Baker Street com um lábio ferido e um galo na testa, além de uma aparência geral de devassidão que teria tornado a sua pessoa um caso justificado para investigações por parte da Scotland Yard. Estava extremamente divertido com as suas aventuras e riu-se com gosto ao contá-las
- Tenho tão poucas oportunidades para fazer exercício físico que é sempre um prazer quando isso acontece - disse. - Sabe de certo que tenho alguns conhecimentos sobre o antigo desporto inglês do boxe. Ocasionalmente, torna-se muito útil; hoje, por exemplo, ter-me-ia visto em sérios apuros se não os tivesse.
Pedi-lhe que me contasse o que se tinha passado.
- Encontrei o tal bar de aldeia que já lhe recomendara e comecei por fazer aí algumas perguntas discretas. Tive sorte, e o dono, um homem extremamente falador, estava a contar-me tudo o que eu queria saber. Williamson é um homem de barbas brancas e vive sozinho com os seus criados no Hall. Correm certos boatos de que é, ou foi, padre, mas um ou dois incidentes ocorridos durante a sua curta estada no Hall pareceram-me ser particularmente contrários à sua condição de eclesiástico. Averiguei junto de uma agência religiosa e disseram-me que havia um homem com esse nome que era padre mas que tinha uma carreira particularmente degradante. O dono do bar informou-me que Williamson recebia normalmente visitas ao fim-de-semana.