O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 5: A Aventura da Escola Priory Pág. 136 / 363

- Ora, ora, já resolvemos problemas piores. Pelo menos temos bastante material, apenas precisamos de o saber utilizar. Vamos, dado que já esgotámos as indicações que os pneus Palmer nos podia dar, vejamos agora que é que o Dunlop com o remendo nos diz.

Encontrámos as marcas e seguimo-las durante determinada distância, mas logo a charneca ganhou uma inclinação ascendente que se prolongou, cheia de tufos de urze, deixando para trás a linha de água. Não podíamos esperar encontrar mais marcas que nos ajudassem. O local onde vimos pela última vez a marca dos pneus Dunlop tanto podia dar para Holdernesse Hall, cujas majestosas torres se erguiam a alguns quilómetros à nossa esquerda, como para a aldeia de casas baixas e cinzentas que se estendia à nossa frente, marcando a posição da estrada principal de Chesterfield.

Ao aproximarmo-nos da estalagem sórdida e sinistra, com uma tabuleta com um galo de combate por cima da porta, Holmes gemeu subitamente e agarrou-se ao meu ombro para não cair: Tinha sofrido uma daquelas distensões do tornozelo que deixam uma pessoa completamente desamparada. Coxeou com dificuldade até à porta, onde um homem idoso e moreno estava sentado a fumar um cachimbo de barro negro.

- Como está, Sr. Reuben Hayes? - perguntou Holmes.

- Quem é o senhor e como é que sabe tão bem o meu nome? - respondeu o camponês com uma expressão desconfiada nos seus olhos astutos.

- Bem, está escrito na tabuleta por cima da sua cabeça. É fácil perceber quando um homem é o dono da casa. Calculo que não tenha nada que se assemelhe a uma carruagem nos seus estábulos!?

- Não, não tenho.

- Mal posso assentar o meu pé no chão.

- Então, não assente.





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