O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 8: A Aventura dos Seis Napoleões Pág. 212 / 363

, em Church Street, Stepney. É uma firma bem conhecida neste ramo e negoceiam há vinte anos. Quantas é que eu tinha? Três... duas e uma são três... as duas do Dr. Barnicot e a outra que foi partida em pleno dia no meu próprio balcão. Se conheço esta fotografia? Não, não conheço. Bom, afinal conheço. É o Beppo. Era um italiano, uma espécie de faz-tudo que trabalhava aqui na loja. Esculpia madeira, dourava molduras, emoldurava quadros e outros trabalhos deste tipo. O tipo deixou-me na semana passada e nunca mais soube nada dele. Não, não sei donde é que veio ou para onde é que foi. Não tive nada a apontar-lhe enquanto cá esteve. Foi-se embora dois dias antes de o busto ser partido.

- Bom, em boa verdade não podíamos esperar mais de Morse Hudson - disse Holmes ao sairmos da loja. - Temos o tal Beppo como factor comum em Kennington e em Kensington e isso justificou a viagem de quinze quilómetros. Bom, Watson, vamos agora à Gelder & Co, em Stepney, local de origem dos bustos. Ficarei admirado se aí não conseguirmos ajuda.

Numa rápida sucessão, passámos pelos arredores luxuosos de Londres, pela zona de hotéis de Londres, pelos teatros de Londres, pela parte literária de Londres, pela zona comercial de Londres e, finalmente, pela zona fluvial de Londres, até chegarmos a uma cidade junto ao rio com uma população de cem mil habitantes, onde os prédios de vários andares estavam cheios dos párias da Europa. Ali no meio das mais diversas actividades, outrora residência de ricos mercadores de Londres, encontrámos a fábrica de esculturas que procurávamos. Cá fora, havia um grande pátio cheio de obras em pedra. Lá dentro, numa enorme dependência, cinquenta operários esculpiam ou faziam moldes.





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