O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 9: A Aventura dos Três Estudantes Pág. 239 / 363

- Viu algum deles?

- Não, senhor.

- Óptimo. Agora, Sr. Soames, iremos dar uma volta pelo pátio, se não se importa.

Três quadrados de luz brilhavam por cima de nós no crepúsculo que ia caindo.

- Os seus três pássaros estão nos seus ninhos - disse Holmes, olhando para cima. - Olá! Que é isto? Um deles parece muito inquieto.

Era o indiano, cuja silhueta escura apareceu subitamente projectada nas cortinas. Estava a andar de um lado para o outro no seu quarto.

- Gostaria de ver cada um deles - disse Holmes. Será possível?

- Não há qualquer dificuldade - respondeu Soames. - Esta ala de quartos é a mais antiga da universidade e não é invulgar ser visitada. Venha comigo e eu mostrá-los-ei pessoalmente.

- Não mencione os nossos nomes, por favor! - disse Holmes ao batermos à porta de Gilchrist. Um jovem alto, muito louro e magro, abriu a porta e recebeu-nos amavelmente ao saber o que queríamos. De facto, no interior havia algumas peças realmente curiosas de arquitectura doméstica medieval. Holmes ficou tão encantado com uma delas que insistiu em desenhá-la no seu bloco de notas, partiu o lápis e teve de pedir um emprestado ao nosso anfitrião, pedindo finalmente emprestado um canivete para afiar o seu próprio lápis. O mesmo curioso acidente ocorreu no quarto do indiano um tipo pequeno e silencioso, de nariz adunco, que nos olhou desconfiado e que se mostrou claramente satisfeito quando o estudo arquitectónico de Holmes finalmente terminou. Não vi, em nenhum dos casos, que Holmes tivesse descoberto a pista que procurava. Apenas a nossa terceira visita se revelou infrutífera. A porta exterior não se abriu quando batemos e nada de mais substancial a não ser uma torrente de impropérios veio do interior.





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