- Um curioso jogo de salão, não acha? Temos os três alunos. Deve ser um deles. Faça a sua escolha, Watson. Quem escolhe?
- O tipo grosseiro do último andar. É ele que tem pior reputação. E, no entanto, o indiano também se mostrou dissimulado. Por que é que havia de estar a andar de um lado para o outro no quarto?
- Isso não é nada. Muitas pessoas o fazem quando estão a tentar decorar qualquer coisa.
- Olhou para nós de uma forma estranha.
- Você faria o mesmo se visse um bando de estranhos entrar pelo seu quarto dentro no momento em que estava a estudar para um exame, em que todos os minutos contavam. Não, não vejo nada de estranho nisso. Os lápis e os canivetes... também não revelaram nada. Mas o outro tipo, esse é que me intriga.
- Quem?
- Quem? Bannister, o criado. Qual é o papel dele nesta questão?
- Deu-me a impressão de ser um homem absolutamente honesto.
- A mim também. Isso é que me intriga. Por que é que um homem absolutamente honesto... Bom, cá está uma papelaria grande. Iniciaremos aqui as nossas investigações.
Só havia quatro papelarias importantes na cidade e em cada uma Holmes mostrou as aparas de lápis e ofereceu uma elevada soma para adquirir um igual. Em todas lhe disseram que o podiam encomendar, mas que não era um lápis do tamanho vulgar e que raramente o tinham em stock. O meu amigo não pareceu deprimido com este insucesso, encolhendo os ombros numa resignação bem-humorada.
- Não adianta, meu caro Watson. Esta pista, a melhor e a única que é conclusiva, não resultou em nada. Mas de facto não tenho qualquer dúvida de que não podemos fundamentar o nosso caso sem ela. Caramba!, meu caro amigo, são quase nove horas e a dona da casa falou em ervilhas às sete e meia.