Vivia em Sydenham, mas era provável que nessa manhã viesse à agência receber instruções, e podíamos, se quiséssemos, esperar lá por ele.
Não, o Sr. Holmes não queria falar com ele, mas gostaria de ter informações sobre a sua carreira e carácter.
A sua carreira era magnífica. Não havia outro oficial na frota que lhe chegasse aos calcanhares. Quanto ao seu carácter, era de confiança quando estava de serviço, mas um tipo intempestivo fora do navio - excitável e violento, mas leal, honesto e bondoso. Estas foram, no essencial, as informações que Holmes tinha ao deixar os escritórios da empresa de navegação Adelaide-Southampton, Daí, dirigiu-se à Scotland Yard, mas, em vez de entrar, ficou sentado na carruagem, de sobrolho franzido, absorto nos seus pensamentos. Finalmente, mandou a carruagem seguir para a estação de telégrafos de Charing Cross, mandou um telegrama e, por fim, regressámos a Baker Street.
- Não, Watson, não o podia fazer - disse, ao entrarmos na nossa sala. - Uma vez passado o mandado, nada neste mundo o salvaria. Uma ou duas vezes na minha carreira senti que fizera pior em descobrir o criminoso que este com o seu crime. Agora já aprendi a ser cauteloso e prefiro brincar com a lei de Inglaterra a brincar com a minha própria consciência. Vamos esperar até termos mais algumas informações antes de agirmos.
Antes do fim da tarde, recebemos uma visita do inspector Stanley Hopkins. As coisas não lhe estavam a correr bem.
- Acho que o senhor é bruxo, Sr. Holmes. Penso, por vezes, que tem de facto poderes que não são humanos. Francamente, como é que soube que as pratas roubadas estavam no fundo do lago?
- Não sabia.
- Mas disse-me que o examinasse.