»Bom, depois deste malogro, fui ao quarto e também o examinei. As manchas de sangue são muito leves, meras descolorações e nódoas, mas são indubitavelmente recentes. A bengala fora retirada do quarto, mas as marcas de sangue no cabo também eram muito leves. Não há dúvida nenhuma de que a bengala pertence ao nosso cliente, Ele próprio o admite. Viam-se pegadas de dois homens na carpeta, mas não de um terceiro, o que constitui mais um trunfo para a polícia. Esta continuava a somar pontos e nós continuávamos na mesma.
»Apenas tive um pequeno vislumbre de esperança... e, no entanto, não se concretizou. Examinei o conteúdo do cofre, tendo a maioria dos documentos sido retirada e posta em cima da mesa. Os documentos tinham sido metidos em sobrescritos lacrados e a polícia abrira um ou dois. Não tinham, tanto quanto me foi possível deduzir, grande valor, nem o extracto da conta bancária do Sr. Oldacre indicava que ele estivesse em boa situação financeira. Mas pareceu-me que nem todos os documentos estavam ali. Havia alusões a acções... possivelmente as de maior valor... mas não as encontrei. É claro que isto, se o pudesse provar em definitivo, viraria a tese de Lestrade contra si próprio, pois quem é que roubaria uma coisa sabendo que em breve a herdaria?
»Finalmente, tendo examinado todos os cantos e não tendo descoberto qualquer pista, tentei a minha sorte interrogando a governanta.