O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 3: A Aventura dos Dançarinos Pág. 67 / 363

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Holmes esfregou as mãos e riu baixinho de contentamento.

- O nosso material está a acumular-se rapidamente - disse.

- Três dias depois, foi deixada uma mensagem rabiscada num papel que foi colocado debaixo de uma pedra junto ao relógio de sol. Aqui está. As figuras são, como verá, exactamente iguais às anteriores. Depois disso, decidi vigiar a casa. Fui buscar o meu revólver e sentei-me no escritório que dá para o relvado. Por volta das duas da manhã, estava eu sentado junto da janela em total escuridão, à excepção do luar que incidia no jardim, quando ouvi passos atrás de mim e vi a minha mulher de robe. Implorou-me que me fosse deitar. Respondi-lhe francamente que queria ver quem é que nos estava a pregar aquelas partidas absurdas. Ela respondeu que era uma brincadeira sem sentido e que eu não devia dar-lhe importância.

»-Se te aborrece assim tanto, Hilton, podemos ir os dois viajar para não estarmos sujeitos a este aborrecimento.

»- Quê? Sermos escorraçados de casa por um idiota que nos prega partidas? - disse eu. - Toda a gente do distrito se riria de nós. -Então vem para a cama - disse ela -, e podemos discutir o assunto de manhã.

»- Subitamente, enquanto ela falava, vi que o seu rosto ficava lívido e a sua mão apertou-me o ombro com mais força. Algo se movia na sombra do barracão das ferramentas. Vi uma figura deslocar-se silenciosamente, contornando a esquina do barracão, agachando-se em seguida em frente à porta. Empunhando a minha pistola, ia a correr para o exterior quando a minha mulher me abraçou com uma força convulsiva. Tentei afastá-la, mas ela agarrou-se desesperadamente a mim.





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