O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 3: A Aventura dos Dançarinos Pág. 80 / 363

Se houver um comboio à tarde para Londres, Watson, penso que o devemos apanhar, pois tenho uma análise química de certo interesse para acabar e esta investigação aproxima-se rapidamente do seu fim.

Depois de o rapaz partir com o bilhete, Sherlock Holmes deu as suas instruções aos Criados. Se alguém viesse visitar a Sr. Hilton Cubitt não deviam ser dadas quaisquer informações sobre o seu estado, e essa pessoa devia ser imediatamente conduzida à sala de estar. Frisou estes pormenores como sendo de maior importância. Finalmente, conduziu-nos para a sala de estar, comentando que o problema deixava de estar nas nossas mãos e que tínhamos de passar o melhor possível o tempo até vermos o que nos esperava. O médico partira para atender os seus doentes e apenas o inspector e eu estávamos presentes.

- Creio que o posso ajudar a passar uma hora de uma forma interessante e proveitosa - disse Holmes, chegando a cadeira à mesa e estendendo nela, à sua frente, os vários papéis que registavam as poses dos dançarinos. - Quanto a si, meu caro amigo Watson, devo-lhe uma reparação por ter permitido que a sua natural curiosidade levasse tanto tempo a ser satisfeita. Para si, inspector, todo este incidente poderá interessar-lhe como um notável estudo profissional. Em primeiro lugar, devo contar-lhes as interessantes circunstâncias relacionadas com as conversas prévias que o Sr. Hilton Hubitt teve comigo em Baker Street. - Depois, recapitulou sumariamente os factos que já apresentei. - Tenho à minha frente estes curiosos desenhos que poderiam suscitar um sorriso se não estivesse provado que foram os percursores de tão terrível tragédia. Estou bastante familiarizado com todas as formas de escrita secreta e sou, eu próprio, autor de uma pequena monografia sobre esse assunto, na qual analiso cento e sessenta códigos diferentes mas confesso que este me era absolutamente desconhecido.





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