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Capítulo 3: Capítulo 3

Página 112
lutam com tal furor que dá como resultado a total destruição de ambos os exércitos. Evitam, porém, por todos os meios ao seu alcance, entrar em combate, utilizando mercenários. Quando apenas lhes resta a sua intervenção, fazem-no corajosamente, com a perseverança com que até aí, prudentemente, procuraram evitar a luta.

Não empregam toda a força no primeiro embate, mas, pouco a pouco, vão aumentando de tal maneira a audácia, a resistência e a força que é mais fácil matá-los que fazê-los recuar uma polegada que seja. A segurança que a pátria goza, impede-os de se afligirem e preocuparem com a lembrança dos filhos (cuidado que frequentemente abate os homens mais resistentes); essa certeza, porém, torna-os fortes, corajosos e enche-os de desprezo pela morte. O seu conhecimento e destreza na cavalaria e arte militar dá-lhes também confiança e coragem, que é acrescida pelos pensamentos e princípios virtuosos em que foram educados, quer pelo estudo, quer pelas leis e instituições da sua pátria.

Por isso, não desprezam a vida de modo a precipitadamente a arriscarem, nem a prezam de tal modo que ajam de maneira vergonhosa e desonesta para conseguir salvá-la.

Quando a batalha está no auge, e por todo o lado mais feroz e acesa, um grupo de jovens escolhidos, que juram viver e morrer juntos, lançam-se no meio dela, com o objectivo de matar o comandante inimigo, a quem atacam, quer de surpresa, quer abertamente, de perto ou de longe. Atacam-no sem interrupção, substituindo com reforços frescos os homens fatigados. E raramente acontece, a menos que ele fuja, escapar com vida ou deixar de ser aprisionado e entregue vivo aos seus adversários.

No caso de vitória, não perseguem raivosamente os inimigos. Preferem prendê-los a matá-los. Não os perseguem com tanta obstinação que não mantenham na retaguarda, sob os seus

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Capa do livro A Utopia
Páginas: 133
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Os capítulos deste livro:
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Capítulo 2 8
Capítulo 3 51