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Capítulo 2: Capítulo 2

Página 21
chamar paz. Tais mercenários são arregimentados sob os mesmos argumentos que vos levam a manter e a justificar a existência desses bandos de criados ociosos. Pois esses loucos sábios e esses arquitolos políticos são de opinião que a segurança do país assenta neles, exigindo um exército forte e seguro, constantemente em armas e composto de veteranos bem treinados, pois não se atrevem a confiar nos recrutas sem preparação. Assim, dir-se-ia mesmo que são forçados a provocar a guerra, para poderem exercitar os soldados e os tornarem hábeis magarefes de homens, para que a sua mão e coração não entorpeça, no ócio ou com a falta de treino, como tão bem escreveu Salústio.

A França aprende à sua custa como é perigoso e horrível manter tais feras, e o mesmo se pode ver do exemplo dos Romanos, Cartagineses, Sírios e outros povos antigos. Pois não só o Império, como mesmo os seus campos e cidades, foram, em diversas ocasiões, vencidos e destruídos pelos seus próprios exércitos, que mantinham sempre em pé de guerra. Bem se verificou ainda há pouco como tal procedimento é desnecessário e insensato. Os soldados franceses, desde a infância treinados nos feitos de armas, nem sempre conseguiram levar a melhor sobre os recrutas ingleses, feitos soldados à pressa. Não me adiantarei muito neste ponto, pois poderia parecer lisonjear-vos.

Voltemos, pois, ao assunto. Ora nem os artesãos das cidades nem os rudes e provincianos agricultores têm receio algum

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Capa do livro A Utopia
Páginas: 133
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