Capítulo 3: Capítulo 3
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Trinta famílias são dirigidas por um chefe, denominado «filarco (Chefe de tribo entre os antigos grego), cujas funções se aproximam das do bailio-mor. Todos os anos regressam à cidade vinte pessoas de cada família ou quinta, cumpridos os dois anos de trabalho no campo. São substituídas por outros tantos indivíduos que serão instruídos pelos que já trabalharam no campo durante um ano e por isso são hábeis peritos agrícolas. Por sua vez, no ano seguinte, irão ensinar outros. Este processo tem como finalidade procurar que nunca se ocasione qualquer escassez de víveres, ou qualquer outro incómodo, provocado pela ignorância, se todos os trabalhadores fossem noviços e inexperientes no trabalho agrícola. Embora este processo de renovação anual dos trabalhadores tenha também o propósito de a ninguém obrigar, contra sua vontade, a permanecer numa actividade tão difícil e dura, muitos deles tomam tal gosto pela agricultura que solicitam e lhes é concedido um tempo mais longo de serviço. Os agricultores cultivam e tratam a terra, criam o gado, apanham e transportam para a cidade as provisões de lenha, por terra ou por mar, o que fazem com bastante presteza. Têm um processo surpreendente de obter grande quantidade de frangos, impedindo as galinhas de chocarem os ovos, mantendo-os a uma temperatura elevada e igual, chocando-os artificialmente. Os frangos, mal partem a casca, seguem os homens como se da galinha se tratasse. Criam poucos cavalos, e estes poucos, muito fogosos, com o único propósito de exercitar os jovens na equitação e nos feitos de armas. São 'os bois que fazem todo o trabalho de cultura e tracção. Confessam que o boi não tem tanto ímpeto e vivacidade como o cavalo, mas excede-o em força, suportando melhor a dor, o trabalho e a aspereza da vida. Pensam também que o boi está sujeito a menos
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