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Capítulo 3: Capítulo 3

Página 64
eleição secreta dos sifograntes, libertou para sempre do trabalho manual para se dedicarem ao estudo. Porém, se um deles não confirmar a expectativa e esperanças públicas, é relegado para a classe dos artífices. Se, pelo contrário, o que acontece com frequência, um operário emprega o seu tempo livre no estudo e dele aproveita, com diligência e seriedade, isentam-no do trabalho manual e elevam-no à classe dos letrados.

Entre estes se escolhem os embaixadores, os sacerdotes, os traníboros e mesmo o príncipe, a quem chamavam outrora «barzanese» e hoje «adamos». Pois que os restantes indivíduos não vivem no ócio nem se ocupam em ofícios inúteis, vê-se facilmente como em tão curto tempo executam tanto e tão útil trabalho, como acima acabei de descrever.

Têm ainda a vantagem de, na maior parte das ocupações, não precisarem de trabalhar tanto como acontece nas outras nações. Em primeiro lugar, a construção e reparação dos edifícios exige, por todo o lado, um trabalho contínuo, em virtude de os herdeiros descuidados deixarem arruinar, pouco a pouco, a casa que o pai construiu. Assim, o que este edificara com custo e grande despesa tem de ser construído de novo, com grandes gastos. Muitas vezes acontece também que a casa que ao pai custou rios de dinheiro é desprezada pelo gosto exigente e caprichoso do herdeiro. Posta de parte e dentro em pouco em ruínas, o herdeiro construirá outra, noutro local, com igual dispêndio.

Na Utopia, no entanto, tudo está tão bem organizado e a comunidade tão bem governada que raramente acontece que tenham de voltar a escolher outro local para uma nova construção.

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Capa do livro A Utopia
Páginas: 133
Página atual: 64

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
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Capítulo 2 8
Capítulo 3 51