É verdade que alguns ataques da imprensa comunista afirmavam, de modo bastante relutante, que apenas os dirigentes do P.O.U.M. estavam a soldo dos fascistas, e não os membros comuns. Mas isso constituía apenas uma tentativa de separar os mesmos. A natureza das acusações implicava em que os membros comuns, milicianos e assim por diante, estavam todos envolvidos na trama, pois tornava-se óbvio que se Nin, Gorkin e os demais estivessem, realmente, a soldo do inimigo, seria mais provável que isso fosse sabido pelos seguidores, gente em contato permanente com eles, do que pelos jornalistas situados em Londres, Paris e New York, E seja lá como for, quando o P.O.U.M. foi suprimido a policia secreta controlada pelos comunistas agiu na suposição de que todos tinham culpa igual, e prendeu todos que estivessem ligados ao P.O.U.M. e que pudesse apanhar, inclusive os feridos, enfermeiras de hospital, esposas de membros do P.O.U.M. e, em alguns casos, até crianças.
Em 15-16 de junho, finalmente, o P.O.U.M. era suprimido e declarado organização ilegal. Foi um dos primeiros atos do Governo Negrín, que tomou posse em maio. Quando a Comissão Executiva do P.O.U.M. já estava presa, a imprensa comunista saiu-se com o que pretendia ser a descoberta de uma enorme trama fascista. Durante algum tempo, em todo o mundo, chamejou com essa história. O Daily Worker de 21 de junho resumia diversos jornais comunistas espanhóis, e afirmava o seguinte:
TROTSKISTAS ESPANHÓIS CONSPIRAM COM FRANCO