Orgulho e Preconceito - Cap. 3: Capítulo III Pág. 10 / 414

- Jamais eu seria tão exigente - exclamou Bingley; - palavra de honra, eu nunca encontrei tantas moças interessantes na minha vida... E você está vendo que algumas são excepcionalmente belas!

- Você está dançando com a única moça realmente bonita que existe nesta sala - disse Mr. Darcy, olhando para a mais velha das irmãs Bennet.

- Oh, ela é a mais bela moça que já vi na minha vida, mas bem atrás de você está uma das suas irmãs, que é muito bonita e agradável. Deixe-me pedir ao meu par que o apresente a ela?

- Qual? -- perguntou ele, voltando-se e detendo um momento a vista em Elizabeth até que, encontrando-lhe os olhos, desviou os seus e disse, friamente:

- É tolerável, mas não tem beleza suficiente para tentar-me. Não estou disposto agora a dar atenção a moças que são desprezadas pelos outros homens. É melhor você voltar ao seu par e se deliciar com os sorrisos dela, pois está perdendo tempo comigo.

Mr. Bingley seguiu o conselho. Mr. Darcy se afastou e os sentimentos de Elizabeth para com ele não permaneceram muito cordiais. No entanto, ela contou a história com muita graça às suas amigas, pois era de espírito alegre e brincalhão e se deleitava com tudo o que era ridículo.

De um modo geral a noite decorreu agradavelmente para toda a família. Mrs. Bennet vira a filha mais velha ser muito admirada pelo grupo de Netherfield. Mr. Bingley tinha dançado duas vezes com ela. E as irmãs dele a tinham tratado com muita amabilidade. Jane ficou tão contente quanto a mãe, embora manifestasse os seus sentimentos de maneira mais discreta. Elizabeth se alegrou com o prazer de Jane. Mary ouvira o seu nome mencionado por Miss Bingley como sendo o da moça mais dotada da reunião. Katherine e Lydia tinham tido a sorte de nunca ficar sem par, a única coisa que elas consideravam importante num baile.





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