Orgulho e Preconceito - Cap. 21: Capítulo XXI Pág. 129 / 414

É evidente, portanto - acrescentou Jane -, que ele não voltará mais este inverno.

- O que é evidente, apenas, é que Miss Bingley não quer que ele volte.

- Você pensa assim? A iniciativa deve ter partido dele. Ele é dono de si mesmo. Mas você não sabe de tudo. Vou ler a mensagem que me magoou particularmente. Não esconderei nada de você: "Mr. Darcy está impaciente para ver a irmã e, para falar a verdade, nós não estamos menos impacientes do que ele. Acho realmente que Georgiana Darcy não tem igual em elegância, beleza e cultura. E à afeição que ela inspira a Louise e a mim mesma acresce alguma coisa mais importante: a esperança que ousamos alimentar de que ela se torne mais tarde a nossa irmã; não sei se antes já lhe manifestei os meus sentimentos a este respeito. Mas não quero deixar este lugar sem confiar a você os meus desejos. E espero que não os considere insensatos. Meu irmão já a admira muito - ele terá agora frequentes oportunidades de travar relações íntimas com ela. Todos os seus parentes desejam a aliança do mesmo modo que nós, e penso que não me deixo iludir pela afeição que dedico à irmã, dizendo que acho Charles capaz de conquistar o coração de qualquer mulher. Com todas estas circunstâncias a favor desse casamento e nenhuma que seja contrária, acho, minha cara Jane, que não erro ao alimentar a esperança de um acontecimento que fará a felicidade de tantas pessoas". O que é que você acha desta última frase? - indagou Jane, ao terminar a leitura. - Não é bastante transparente? Não declara ela expressamente que Caroline não espera nem deseja que eu me. torne sua irmã? E que ela está tão perfeitamente convencida da indiferença do irmão que, suspeitando a natureza dos meus sentimentos por ele, tenciona bondosamente avisar-me? Pode haver outra opinião a este respeito?

- Sim, pode.





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