Orgulho e Preconceito - Cap. 34: Capítulo XXXIV Pág. 203 / 414

Capítulo XXXIV

Depois que os amigos partiram, Elizabeth, como se tencionasse exasperar-se o mais que podia contra Mr. Darcy, escolheu como ocupação a leitura de todas as cartas que Jane lhe enviara, desde que ela, Elizabeth, estava no Kent. Essas cartas não continham nenhuma queixa expressa. Não relembravam acontecimentos passados nem comunicavam sofrimentos pre-sentes. Mas em todas elas, em quase cada linha, sentia-se a falta daquela animação que sempre caracterizara o estilo de Jane, e que procedia da serenidade de um espírito tranquilo e bem disposto consigo mesmo e com todos. Elizabeth observou, com uma atenção que não tivera durante a primeira leitura, cada frase que traía alguma inquietude. A vergonhosa jactância de Mr. Darcy a respeito dos sofrimentos que ele pudera causar fazia com que ela sentisse mais agudamente os sofrimentos da irmã. Era um consolo pensar que a sua visita a Rosings terminaria daí a dois dias. É outro ainda maior a ideia de que em menos de quinze dias estaria novamente junto de Jane, preparada para contribuir, com toda a afeição de que era capaz, para o restabelecimento da sua tranquilidade.

Não podia pensar na partida de Darcy sem se lembrar de que o primo também iria com ele. Mas o Coronel Fitzwilliam dera a entender claramente que não tinha nenhuma intenção e, embora fosse um homem agradável, Elizabeth não estava disposta a ficar triste por sua causa.

Decidira ela este ponto, quando teve a sua atenção despertada pelo som da campainha da porta. A princípio ficou um pouco emocionada com a ideia de que pudesse ser o Coronel Fitzwilliam, que já uma vez aparecera tarde da noite, e que viesse agora para se informar da sua saúde. Mas esta ideia foi logo banida e a sua emoção foi inteiramente diversa quando viu com imensa surpresa Mr.





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