Orgulho e Preconceito - Cap. 53: Capítulo LIII Pág. 360 / 414

Naquele instante ela sentiu que muitos anos de felicidade não poderiam compensar os momentos desagradáveis que ela e Jane estavam passando.

"O maior desejo do meu coração", disse ela a si mesma, "é nunca mais estar em companhia de nenhum desses dois, por mais agradáveis que sejam; nada pode compensar esta miséria. Que eu nunca mais os veja, nem a um nem a outro." No entanto a miséria, que anos de felicidade não poderiam compensar, pouco depois se atenuou de maneira muito sensível. Elizabeth observou que a beleza da sua irmã tornava a inflamar rapidamente a admiração do antigo namorado. A princípio ele lhe falara pouco, mas cada minuto que passava parecia aumentar a admiração que lhe dedicava. Ele a achava tão bela quanto no ano passado, tão simples e natural, embora menos comunicativa. Jane se esforçava por não deixar perceber nenhuma diferença na sua atitude, e estava realmente convencida de que conversava tão animadamente como sempre. Seus pensamentos a absorviam tanto que ela não reparava nos momentos em que ficava calada.

Quando os cavalheiros se levantaram para partir, Mrs. Bennet se lembrou do convite que tencionava fazer, e eles ficaram comprometidos para jantar em Longbourn daí a poucos dias.

- O senhor me deve uma visita, Mr. Bingley - acrescentou ela -, pois quando partiu para Londres no inverno passado prometeu que tomaria parte num jantar de família assim que regressasse. Como o senhor está vendo, não me esqueci. Eu lhe asseguro que fiquei muito desapontada porque o senhor não voltou como tinha prometido.

Bingley pareceu um pouco embaraçado e falou vagamente que negócios urgentes o tinham impedido de vir e que sentia muito. Em seguida partiram.

Mrs. Bennet estivera fortemente inclinada a convidar os dois para jantar naquele mesmo dia.





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