Mrs. Bennet, em suma, estava de excelente humor. O que observara na atitude de Bingley para com Jane fora suficiente para convencê-la de que ele estava mesmo conquistado. E quando Mrs. Bennet estava de bom humor, as suas esperanças matrimoniais eram tão ilimitadas que no dia seguinte ficava desapontada de não ver o rapaz aparecer para fazer o pedido.
- Foi um dia muito agradável - disse Jane para Elizabeth. - Os convidados foram bem escolhidos e pareciam se dar todos admiravelmente. Espero que tornemos a nos reunir frequentemente.
Elizabeth sorriu.
- Lizzy, não faça isso. Você não deve suspeitar de mim. Isto me mortifica. Eu lhe asseguro que aprendi a gostar da conversa dele; trata-se de um rapaz agradável e sensato. Garanto a você que não tenho outras intenções. Vejo perfeitamente, pela maneira como ele me trata, que nunca desejou realmente a minha afeição. Só que ele é dotado de maneiras muito mais agradáveis, e de um desejo de agradar muito mais forte do que qualquer outro homem.
- Você está sendo cruel - disse Elizabeth. - Você me provoca e depois não quer que eu sorria.
- Como é difícil às vezes fazer com que os outros acreditem em nós!
- E como é impossível às vezes, para os outros, acreditar!
- Mas então, por que é que você quer me persuadir de que os meus sentimentos são mais complexos do que confessei?
- Isto é uma pergunta a que não sei como responder. Todos gostamos de instruir os outros, embora só possamos transmitir o que não é digno de ser ensinado. Perdoe, se você insistir na sua indiferença, não me tome por confidente.