O marinheiro consumado que havia dentro dele despertara. Não lhe eram necessárias quaisquer instruções. Sabia o que havia a fazer. Cada esforço seu, cada um dos seus movimentos, era uma acção heróica inquebrantável. Não me ficava bem ver o que estava a fazer um homem inspirado por uma alma assim.
Finalmente, tudo se encontrou a postos, e eu ouvi-o a dizer:
«Não será melhor que eu vá lá abaixo agora para abrir os freios das amarras, senhor comandante?»
«Vá, sim», disse-lhe eu. Mas mesmo nessa altura não olhei na direcção dele. Passado um momento, ouvia a sua voz no convés.
«Quando quiser, comandante. No bolinete, por aqui, está tudo safo.»
Dei sinal a Burns para pôr o leme de centro e larguei os dois ferros, um a seguir ao outro, permitindo que o barco despejasse toda a amarra que quisesse. Soltou a maior parte das duas até estacar. As velas soltas, com o vento em Cima, Interromperam a sua bordoada de enlouquecer por cima da minha cabeça. Reinava um completo silêncio em todo o navio. E enquanto me encontrava à proa, sentindo-me um tanto aturdido por toda aquela súbita paz, dei por um ou dois gemidos enfraquecidos e pelo murmurar desconexo dos homens doentes que estavam por baixo do castelo.