Mas é na intimidade e no segredo, 
Quando tu coras e sorris a medo, 
Que me apraz ver-te e que te adoro, flor!
 
 
E não te quero nunca tanto (ouve isto) 
Como quando por ti, por mim, por Cristo, 
Juras - mentindo - que me tens amor...
 
 
186...
 
 
 VI
 
 
 IN URNA PERPETUUM VER
 
 
Sempre que penso na morte 
Sinto a alma estremecer, 
Porque me lembro, querida, 
Que também hás-de morrer..
 
 
Estremece, de contente, 
Minh'alma no coração: 
Sinto o amor mais apurado, 
Sinto mais viva a paixão!
 
 
Há calor nas cinzas frias, 
Há um estranho calor, 
Quando as consumiu a vida 
À chama santa do amor...
 
 
Nosso delírio fantástico, 
Que não teve aqui lugar, 
Connosco havemos levá-lo 
Para lá nos animar.