Odisseia - Cap. 8: Éolo e Circe Pág. 58 / 129

marinheiros. A mim, valeu-me estar amarrado fora do porto: - as pedras não me atingiram. Corto a amarra da embarcação com a espada e fujo - fujo velozmente para o mar alto...

Mais amigos perdidos, mais ameaças, mais ruínas! Chorámos os mortos, trememos dos perigos. E vamos abordar a uma outra ilha perto - a ilha de Circe, a feiticeira.

Os dois primeiros dias passaram placidamente. Descansámos, comemos e dormimos. No terceiro dia, porém, a fome incitou-me a procurar algum animal que nos fornecesse a necessária refeição. Um grande veado saltou na minha frente. Consigo matá-lo, arrasto-o custosamente - tão pesado era - até junto dos meus companheiros. Ainda nesse dia não morremos à fome! Mas, saciados e tendo dormido uma noite calma, na manhã seguinte dispus-me a conhecer em que direcção nos encontrávamos.

O sítio onde dormíramos era baixo e nem o norte, nem o oriente, nem o sul nem o ocidente seria fácil determinar. Subo ao alto de um rochedo que se me afigurou melhor para vigia, e vi outra ilha que o mar cercava até ao infinito - planície baixa coberta de bosques, de cuja espessura saía um fumozinho ligeiro. Resolvo-me explorá-la, com os meus companheiros. Murmuram todos, mas obedecem às minhas ordens.





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