Odisseia - Cap. 12: Ulisses Despede-se de Córcira Pág. 94 / 129

Mas não estéril e seco. Dá trigo e vinho em abundância; as chuvas não faltam na estação própria, nem o orvalho matinal que refresca as plantas. As cabras e os bois têm aqui prados excelentes. Bosques e florestas de várias essências sombreiam-nos. Nascentes límpidas regam-nos. Enfim, estrangeiro, o seu nome é Ítaca - e as plagas de Tróia não ignoram o seu nome.»

Ulisses, ouvindo estas palavras, sentiu uma alegria inexprimível. Rompeu-se a nuvem que o envolvia e logo reconheceu a sua doce Pátria. Curvou-se para o solo - e beijou-o. E, reerguendo-se, agradeceu aos deuses a felicidade que lhe consentiam.

Foi então que Minerva, já na glória do seu aspecto verdadeiro, narrou a história comovente das aventuras de Telémaco. Deixámo-lo nós em Esparta junto de Helena e de Menelau, onde fora tentar saber notícias de Ulisses. Minerva enumerou esse e outros casos; e, censurando e condenando ambições infames dos pretendentes, anunciou que iria prevenir Telémaco do regresso do pai.

Prometeu protegê-los a ambos. Aconselhou Ulisses a visitar Eumeu, seu fiel intendente, guardador dos seus rebanhos e herdades que nunca o olvidara e lealmente o servira, para colher





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