Orgulho e Preconceito - Cap. 32: Capítulo XXXII Pág. 196 / 414

Darcy não era suficiente para que compreendesse, por si, este fato. Teria ficado satisfeita se descobrisse que esta mudança era o efeito do amor, e o objeto daquele amor a sua amiga Eliza. Portanto se dispôs seriamente a encontrar a causa daquela mudança. Observava-o todas as vezes que o encontrava em Rosings, ou quando ele vinha a Hunsford, mas sem grande sucesso. Ele decerto olhava bastante para a sua amiga, mas a expressão daquele olhar era duvidosa. Era um olhar sério, fixo, e Charlotte perguntava-se muitas vezes se havia realmente nele alguma admiração. Outras vezes, parecia-lhe apenas um olhar distraído. Uma ou duas vezes sugerira a Elizabeth a possibilidade de Mr. Darcy se achar interessado por ela, mas esta sempre ria de semelhante ideia. E Mrs. Collins achou que era melhor não despertar esperanças que pudessem acabar em desapontamento; pois, na sua opinião, toda a relutância da amiga se desvaneceria no momento em que o supusesse em seu poder.

Nos planos afetuosos que às vezes fazia para Elizabeth, pensava em casá-la com o Coronel Fitzwilliam; ele era, sem comparação, o mais agradável dos dois. Era evidente que sentia admiração por Elizabeth, e a sua situação na vida era das melhores; mas, para contrabalançar as suas vantagens, Mr. Darcy tinha uma influência considerável na igreja, e seu primo não podia ter nenhuma.





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