Orgulho e Preconceito - Cap. 33: Capítulo XXXIII Pág. 197 / 414

Capítulo XXXIII

Mais de uma vez, durante os seus passeios pelo parque, Elizabeth teve a surpresa de se encontrar com Mr. Darcy. Ela percebeu a perversidade do acaso, que o trazia onde ninguém mais costumava aparecer. E para impedir que isto tornasse a suceder, deu-se ao trabalho de preveni-lo de que aqueles passeios constituíam um dos seus hábitos favoritos. Achou muito estranho portanto que o acaso se repetisse uma segunda vez, e mesmo uma terceira. Parecia o efeito de uma vontade maléfica, ou então de uma voluntária mortificação, pois nessas ocasiões Mr. Darcy não se limitava a fazer simples perguntas de cortesia, e depois de uma pausa esquerda ir embora; voltava sobre os seus passos e a acompanhava. Ele pouco falava e Elizabeth não se dava ao trabalho de ouvi-lo com muita atenção. Mas da terceira vez Mr. Darcy lhe fez umas perguntas estranhas e desconexas sobre o prazer de estar em Hunsford, o gosto que ela parecia encontrar naqueles passeios solitários e a opinião de Elizabeth sobre a felicidade do casal Collins; e disse também que por falar em Rosings, e já que parecia que ela compreendia bem aquela casa, esperava que quando ela voltasse novamente para o Kent fosse residir lá também. Era isto que as suas palavras pareciam subentender. Estaria ele pensando no Coronel Fitzwilliam? Elizabeth pensou que se aquilo fosse uma indireta seria esse o sentido mais provável. Ficou um pouco perturbada e deu graças a Deus porque naquele instante estavam se aproximando do portão da reitoria.

Certo dia em que Elizabeth estava caminhando, relendo a última carta de Jane, especialmente um determinado trecho que parecia provar que Jane estava deprimida, viu, ao levantar os olhos, que se encontrava diante do Coronel Fitzwilliam, e não de Mr.





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