Orgulho e Preconceito - Cap. 33: Capítulo XXXIII Pág. 199 / 414

E não há muitos na minha situação que se podem casar sem considerar a questão monetária.

"Será uma indireta para mim?", pensou Elizabeth. E a ideia fê-la enrubescer; mas, dominando-se, disse, num tom alegre:

- E diga-me, qual é o preço usual para o filho mais moço de um nobre? A não ser que o irmão mais velho seja muito doente, não creio que possam exigir além de cinquenta mil libras.

Ele respondeu no mesmo tom e o assunto morreu. Para interromper um silêncio que poderia fazer crer ao coronel que ela se sentira afetada pelo que acabavam de dizer, Elizabeth disse, pouco depois:

- Imagino que o seu primo deve tê-lo trazido consigo com o intuito principal de ter alguém à disposição. Não sei por que ele não se casa. Teria desse modo uma pessoa sempre à disposição. Mas talvez a irmã dele preencha esses requisitos no momento. E, como ela se encontra sob os seus cuidados exclusivos, ele pode fazer com ela o que quiser.

- Não - disse o Coronel Fitzwilliam -, esta é uma vantagem que ele tem que compartilhar comigo. Exerço juntamente com ele a tutela de Miss Darcy.

- Ah, sim? Diga-me, que espécie de tutores são os senhores? A sua tutelada lhes dá muito trabalho? As moças nessa idade são às vezes difíceis de governar. E, se ela possui o verdadeiro espírito dos Darcy, deve ser voluntariosa.

Enquanto falava, Elizabeth via que o coronel a olhava sério e, pela maneira com que lhe perguntou pouco depois por que é que ela supunha que Miss Darcy lhe pudesse causar preocupações, ficou convencida de que tinha chegado próximo à verdade.

Elizabeth respondeu diretamente:

- Não precisa se assustar. Nunca ouvi nada de mal a respeito dela. E ouvi dizer até que ela é uma das pessoas mais tratáveis do mundo. Duas senhoras minhas conhecidas gostam muito dela: Mrs.





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