Orgulho e Preconceito - Cap. 33: Capítulo XXXIII Pág. 202 / 414

E ninguém poderia dizer quão duradouro era o mal que ele tinha causado.

Havia objeções muito fortes contra a moça, tais tinham sido as palavras do Coronel Fitzwilliam. E estas fortes objeções eram provavelmente as seguintes: o fato de ela ter um tio que era advogado no campo e outro que era comerciante em Londres. Contra Jane em pessoa, pensou ela, não poderia haver possibilidade de objeção. "Ela é toda doçura e bondade. É inteligente, educada e suas maneiras são cativantes. Nada pode ser objetado tampouco contra meu pai, que, embora um pouco excêntrico, tem qualidades que nem Mr. Darcy pode desdenhar. E uma respeitabilidade que ele provavelmente nunca alcançará." Quando pensava na mãe, com efeito a sua confiança declinava um pouco. Mas não era crível que quaisquer objeções desse gênero pesassem aos olhos de Mr. Darcy, cujo orgulho, pensou Elizabeth, seria mais facilmente ferido pela falta de importância das relações do amigo do que pela falta de senso dessas mesmas pessoas. E finalmente Elizabeth chegou à conclusão de que Mr. Darcy se deixara levar em parte pelo seu desmedido orgulho e em parte pelo desejo de reter Mr. Bingley para sua irmã. As agitações e as lágrimas que o assunto causara trouxeram a Elizabeth uma dor de cabeça que à noite se agravou. Esta circunstância e a sua repugnância em ver Mr. Darcy determinaram-na a não acompanhar as primas a Rosings, onde deviam tomar chá. Mrs. Collins, vendo que ela realmente não estava bem, não insistiu, impedindo o mais que pôde o seu marido de insistir. Mr. Collins não pôde esconder a apreensão de que Lady Catherine se mostrasse aborrecida por Elizabeth ter ficado em casa.





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