- Eu lhe fico muito agradecida pelo amável convite - replicou Elizabeth -, mas infelizmente não posso aceitar. Preciso estar em Londres no sábado vindouro.
- Mas neste caso só terá ficado aqui seis semanas. Contava que permanecesse pelo menos dois meses. Foi o que eu disse a Mrs. Collins antes da sua vinda. Não pode haver motivo para uma partida tão prematura. Mrs. Bennet lhe concederia outros quinze dias.
- Mas meu pai não o faria. Ele me escreveu na semana passada, dizendo que apressasse a minha volta.
- Oh, se sua mãe deixa, seu pai também deixará. Uma filha nunca é muito necessária para um pai. E, se quiser ficar mais um mês, eu poderei levá-la comigo até Londres. Preciso ir lá em começo de junho. Demorar-me-ei uma semana e na minha carruagem haverá espaço para uma de vocês. E até, se o tempo estiver frio, poderiam ir as duas, pois ambas são magrinhas.
- Muito me desvanece a sua bondade, Lady Catherine, mas creio que serei obrigada a seguir o meu plano anterior.
Lady Catherine pareceu resignar-se.
- Mr. Collins - disse ela -, é preciso que mande uma criada com elas. Sabe que eu sempre falo o que penso. Não posso tolerar a ideia de duas moças viajarem sozinhas na diligência. É muito impróprio. É preciso que mande uma pessoa. São coisas que não suporto. As moças devem sempre ser acompanhadas e protegidas, de acordo com a sua situação na vida. Quando minha sobrinha Georgiana foi para Ramsgate no verão passado, fiz questão de que dois criados homens a acompanhassem. Miss Darcy, a filha de Mr. Darcy de Pemberley e de Lady Anne, não poderia viajar de maneira diferente. Dou muita atenção a estas coisas. Mr. Collins, mande John acompanhar as moças.