Orgulho e Preconceito - Cap. 44: Capítulo XLIV Pág. 279 / 414

E chegaram imediatamente à conclusão de que uma daquelas pessoas presentes, pelo menos, sabia o que era o amor. Quanto aos sentimentos de Elizabeth, permaneceram um pouco em dúvida. Mas era evidente que o rapaz tinha por ela uma fervorosa admiração.

Elizabeth, por sua vez, tinha muito o que fazer. Queria se certificar dos sentimentos de cada um dos visitantes. Queria dominar os seus e tornar-se agradável para todos. E neste último ponto, acerca do qual eram maiores as suas apreensões, podia estar mais certa do seu êxito, pois aqueles a quem desejava agradar estavam dispostos a seu favor. Em Bingley encontrou a melhor das disposições, Georgiana ansiava por satisfazê-la e Darcy estava sequioso das suas atenções.

Ao ver Bingley, Elizabeth se lembrou naturalmente da irmã. E ela teria dado muita coisa para saber se os pensamentos dele tinham tomado o mesmo rumo que os seus. Às vezes lhe parecia que ele falava menos do que antigamente. E outras vezes parecia a Elizabeth que ao olhar para ela ele procurava encontrar no seu rosto a semelhança de outra pessoa. Mas, em-bora esta impressão pudesse ser imaginária, Elizabeth não poderia se enganar quanto ao comportamento de Miss Darcy, em que certas pessoas tinham esperado encontrar uma rival para Jane. Nem de um lado nem de outro, um só olhar deixou transparecer qualquer interesse especial. Nada ocorreu entre eles que pudesse justificar as esperanças de Miss Bingley. Quanto a este ponto, ela poderia ficar inteiramente tranquila. E, antes de os visitantes irem embora, ocorreram dois ou três pequenos fatos que, segundo a interpretação ansiosa de Elizabeth, denotavam uma recordação de Jane, não desacompanhada de ternura da parte de Bingley e de um desejo de dizer outras coisas que pudessem conduzir à menção do nome dela, sem que ele o ousasse.





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