Orgulho e Preconceito - Cap. 48: Capitulo XLVIII Pág. 315 / 414

Todo mundo declarou que ele era o rapaz mais perverso do mundo e todos começaram a descobrir que sempre haviam desconfiado dele, apesar da sua aparência de distinção. Elizabeth, embora só acreditasse em metade do que diziam, achava aquilo suficiente para tornar ainda mais certos os seus antigos prognósticos quanto à desgraça da irmã. E até Jane, que acreditava ainda menos do que Elizabeth nas coisas de que falavam, perdeu quase todas as esperanças, sobretudo porque chegara agora o momento de receber notícias ou cartas deles, caso tivessem ido para a Escócia, coisa de que nunca perdera inteiramente a esperança.

Mr. Gardiner saiu de Longbourn no domingo. Na terça-feira, a mulher recebeu uma carta dele. Dizia que tinha encontrado imediatamente Mr. Bennet e o tinha convencido a ir para Gracechurch Street. Mr. Bennet já estivera em Epsom e Clapham, mas não tinha conseguido nenhuma informação satisfatória. Estava decidido agora a fazer indagações em todos os principais hotéis da cidade, pois achava possível que eles se houvessem instalado num daqueles lugares logo depois da sua chegada a Londres, antes de procurar novas acomodações. Mr. Gardiner, pessoalmente, não esperava que este plano obtivesse êxito. Mas como Mr. Bennet insistia naquilo, estava resolvido a ajudá-lo. Acrescentava que Mr. Bennet não se encontrava nada disposto a sair de Londres agora, e prometia escrever de novo muito breve. Havia também um post-scriptum que dizia o seguinte:

"Escrevi igualmente para o Coronel Forster pedindo que ele indagasse, se possível, entre os amigos mais íntimos de Wickham, no regimento, se este tinha quaisquer parentes ou relações que pudessem saber em que parte da cidade ele se escondera. E, se entre essas pessoas houvesse alguma de quem se pudesse, com alguma sorte, obter tal informação, seria de uma importância talvez essencial.





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